quarta-feira, 11 de outubro de 2017

CNJ faz manutenção em sistema de execução unificada

O Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação do Conselho Nacional de Justiça (DTI/CNJ) informa que realizará, nesta terça-feira (10/10), uma manutenção agendada nos servidores do Sistema Eletrônico de Execução Unificada (SEEU). 

Com isso, a partir das 19h30, esse sistema poderá ficar indisponível. 

A previsão para retorno é de cerca de três horas após o início da manutenção.

Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato com a Central de Atendimento do CNJ: (61) 2326 5353.

Fonte: Agência CNJ de Notícias


CNJ mantém resultado do concurso para cartórios em Roraima

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu manter o resultado do concurso que o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) organizou em 2015 para preencher as vagas de cartórios do estado. A decisão validou o resultado ao considerar improcedente o pedido da Associação Nacional de Defesa dos Concursos Públicos para Atividades Notarial e Registral e Melhoria dos seus Serviços (Andecartórios) para suspender o concurso, conforme o Procedimento de Controle Administrativo  (PCA 0005127-21.2015.2.00.0000).

A associação levantou uma série de supostas irregularidades que foram negadas no voto do conselheiro relator do processo, Rogério Nascimento. Uma delas alegava não terem respeitado o prazo de 15 dias entre uma fase e outra do concurso. “Contudo, no presente caso, nem o edital de abertura do concurso, nem a Resolução CNJ n. 81, que dispõe sobre os concursos públicos de provas e títulos, para a outorga das Delegações de Notas e de Registro, preveem o referido prazo mínimo de 15 dias entre as fases”, afirmou em seu voto o conselheiro Nascimento.  

Outras irregularidades defendidas pela Andecartórios nunca foram previstas pelo edital do concurso. Uma delas dizia respeito à publicação dos títulos apresentados por determinado candidato, por suspeitar que não poderiam ter sido aceitos. A associação tentou invalidar o próprio Edital 42/2015, por meio do qual o TJRR que instituiu o concurso. Alegou-se que o edital foi descumprido porque o resultado final não teria sido publicado pela banca organizadora do concurso, conhecida pela sigla Cespe. 

“As alegações não se sustentam. O Edital 37/2014, publicado pelo Cespe, veiculou o “resultado final” da avaliação de títulos, após recursos opostos em face do resultado provisório (Edital 36/2014), bem como veiculou a homologação do resultado do concurso”, afirmou o conselheiro Nascimento no seu voto, que foi aprovado por unanimidade.



Manuel Carlos Montenegro 

Fonte: Agência CNJ de Notícias


Judiciário reduz consumo de papel,energia elétrica e água em 2016

O Poder Judiciário reduziu em 2016 seu consumo de papel, energia elétrica e água em relação ao ano anterior. Os dados sobre a economia estão no 1º Balanço Socioambiental do Poder Judiciário, divulgado quinta-feira (5/10) no portal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

Na publicação, o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ) consolida indicadores de sustentabilidade informados por 90 órgãos do Poder Judiciário brasileiro, referentes aos anos de 2015 e 2016. 

Acompanhar como os tribunais aplicam suas receitas orçamentárias em bens e serviços que envolvem recursos naturais é uma atribuição do CNJ prevista na Resolução CNJ n. 201, de 2015.

O consumo total de papel, entre o ano de 2015 e 2016, caiu 8%. No ano passado, foram usadas 3,2 milhões de resmas de papel nos órgãos do Judiciário, 200 mil a menos que no ano anterior. O indicador considera dois tipos de papel: o papel reciclado e o papel não-reciclado. Como as estatísticas só consideram o consumo de dois anos, ainda não é possível apontar uma tendência histórica, mas o estudo revela que a força de trabalho da Justiça usou, em 2016, menos papel branco e mais papel reciclado em relação a 2015. 

No ano passado, o consumo de papel branco foi reduzido em 9%. Enquanto a Justiça utilizou 3,003 milhões de resmas de papel branco em 2015, a quantidade de resmas que servidores e magistrados gastaram no ano passado diminuiu para 2,731 milhões. No mesmo período, o papel reciclado ganhou espaço nos tribunais. O aumento no consumo foi de 1%. De acordo com o balanço, 15% de todo o papel consumido na Justiça do Brasil já passaram por reciclagem.


Economia 

O consumo de energia elétrica no Poder Judiciário também recuou entre 2015 e 2016. Enquanto os tribunais consumiram 833.630.440 quilowatts-hora (kWh) em 2015, usaram 827.200.862 kWh no ano seguinte. O valor pago pela energia consumida caiu 5%, devido a fatores climáticos que alteraram a tarifa da energia elétrica em todo o país. O resultado foi uma redução na conta de luz dos tribunais de R$ 22 milhões. 

Menos água 

Os órgãos da Justiça brasileira também restringiram o consumo da água, indicador que é medido em metros cúbicos. De acordo com o 1º Balanço Socioambiental do Poder Judiciário, foram utilizados 5,527 milhões de metros cúbicos de água em 2016, ano em que a economia foi de 55.476 metros cúbicos de água em relação a 2015. 

Indicadores 

O balanço elaborado pelo DPJ/CNJ traz informações sobre oito indicadores que refletem o desempenho dos tribunais no uso de recursos naturais e a eficiência do gasto público. Além do consumo dos tribunais com papel, energia elétrica e água, o estudo do DPJ avaliou quanto o Judiciário usou de copos descartáveis, por exemplo. Em 2016, o gasto da Justiça com esse item de consumo caiu 7% - foram consumidos 1,9 milhão de centos de copos plásticos descartáveis, para água e café. 


As estatísticas apontam ainda quais tribunais praticam políticas de gestão de resíduos e reciclagem. A porcentagem de tribunais brasileiros que encaminharam materiais para reciclagem variava conforme o material – 59,8% deles encaminharam papeis, 45,5% deles, plásticos, e 33%, metais. 

O balanço também indica a quantidade veículos oficiais utilizados por magistrados e servidores em atividades de serviço. A frota de veículos exclusivo para uso de magistrados foi reduzida em 1,4% entre 2015 e 2016, enquanto a frota de veículos de serviço foi enxugada em 7,7% no mesmo período.  


Manuel Carlos Montenegro 

Fonte: Agência CNJ de Notícias


Mês da criança: CNJ na proteção de crianças e adolescentes

A preocupação com a defesa dos direitos das crianças e adolescentes faz parte das prioridades do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde sua criação. Um dos marcos da atuação do CNJ na área da infância e juventude foi a criação do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), que tornou muito mais rápidas as adoções entre os estados brasileiros. Atualmente, o cadastro passa por reformulação para ampliar as possibilidades de adoção.

Outro programa de destaque é o Pai Presente, atualmente coordenado pelos Tribunais de Justiça (TJs), que facilitou o reconhecimento tardio de paternidade e mudou a vida de mais de 40 mil crianças no período de 2010 a 2014. Entre as conquistas nessa área, está ainda a implantação do depoimento especial, técnica acolhedora para escuta judicial de crianças vítimas de violência. 


Depoimento especial: preservando vítimas de abuso sexual

técnica humanizada para escuta judicial de menores vítimas ou testemunhas de violência e abuso sexual, conhecida como depoimento especial, passou a ser obrigatória com a Lei n. 13.431/2017, sancionada no último dia 4 de abril. Antes disso, porém, o depoimento especial já vinha sendo adotado amplamente pelos juízes brasileiros com base na Recomendação n. 33/2010, do CNJ.

A norma determinou, entre outras providências, a implantação de um sistema de depoimento de crianças e adolescentes em vídeo gravado, o qual deverá ser feito em ambiente separado da sala de audiências, com a participação de profissional especializado para atuar nessa prática. Com base na recomendação, ao menos 145 salas de depoimento especial foram instaladas no País. 

Pela lei 13.431, os tribunais têm um ano para implantarem o depoimento especial. O CNJ está auxiliando os tribunais na implantação da técnica, por meio de uma parceria com a ONG Childhood Brasil, que foi renovada em abril deste ano pela presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. 

Entre as contribuições do CNJ, estão a expansão dos cursos de capacitação para tomada do depoimento especial, o estabelecimento de protocolos para orientar os tribunais em relação aos padrões mínimos para implantação das salas de depoimento e à articulação com as redes de saúde, a segurança e assistência social para proteção das vítimas. 

Além disso, o CNJ trabalha no mapeamento dos programas de depoimento especial implantados pelos Tribunais de Justiça (TJs). O objetivo é fazer um diagnóstico das iniciativas que deverá servir de base para a definição de parâmetros de qualidade para a expansão do depoimento especial, respeitando as peculiaridades de cada região.  

CNA: uma ferramenta que acelerou a adoção no país

O Cadastro Nacional de Adoção (CNA), que reúne informações de pretendentes e crianças disponíveis para adoção, foi implantado pela Corregedoria do CNJ em 2008 e ampliou as possibilidades e adoção no país. Isso porque, até então, a busca por pretendentes em Estados diferentes era feita por iniciativa de juízes e de grupos de apoio à adoção.  O CNA permitiu o cruzamento de informações entre as crianças e os futuros pais cadastrados em todo o pais, ampliando as possibilidades de adoção. 

Em 2017, a Corregedoria organizou uma série de debates pelo país reunindo magistrados, servidores e profissionais que atuam na área da adoção para determinar melhorias a serem feitas no CNA. Foram realizados workshops em Maceió, Rio de Janeiro, Belém, Curitiba e Brasília, com a intenção de possibilitar uma busca mais ampla e rápida de famílias para as crianças que estão acolhidas em abrigos. 

Entre as propostas aprovadas, está a unificação dos cadastros de adoção e do de crianças acolhidas – que hoje são sistemas diferentes – e a inclusão de fotos e vídeos das crianças que esperam uma família. O novo cadastro será organizado com auxílio de técnicos de diversos tribunais, que farão parte de um grupo de trabalho coordenado pela Corregedoria.  

O novo CNA facilitará a pesquisa sobre o histórico de acolhimento de criança, anexando informações como relatório psicológico, social e o Plano Individual de Acolhimento. Também serão incluídas fotos, vídeos, cartas, desenhos das crianças e adolescentes disponíveis para adoção. As informações estarão bem mais completas, com a inclusão de CPF, que deverá ser feita em até 30 dias pelos juízes, e o motivo da inclusão da criança no cadastro – por exemplo, destituição do poder familiar, óbito dos genitores e entrega voluntária.

 Pai Presente: facilitando o reconhecimento tardio de paternidade

O programa Pai Presente do CNJ foi implantado em 2010 e possibilitou, nos primeiros cinco anos de existência, mais de 40 mil reconhecimentos espontâneos de paternidades. O programa tem por base os Provimentos 12 e 16 da Corregedoria Nacional de Justiça, com base na Lei Federal 8.560, de 1992, e no artigo 226 da Constituição Federal, que assegura o direito à paternidade. 

As normas instituíram um conjunto de regras e procedimentos para agilizar este tipo de demanda, possibilitando que os juízes notifiquem as mães de crianças que não possuam o registro paterno para que informem os dados do suposto pai. Com esse dado, o magistrado pode iniciar um procedimento de investigação oficiosa de paternidade.

Buscando encontrar crianças sem o registro do pai, o CNJ solicitou ao Ministério da Educação (MEC), em 2010, os dados do Censo Escolar para mapear as crianças matriculadas na rede de ensino cuja certidão de nascimento não trazia o nome paterno e com essas informações, uma lista foi enviada aos tribunais que, por sua vez, separaram os nomes por comarca.

Os magistrados começaram então a notificar as mães a comparecerem nos fóruns para explicar o motivo da ausência do nome do pai no documento. De acordo com o Censo Escolar 2012, cerca de 5,5 milhões de crianças não têm o nome do pai na certidão de nascimento. Entre 2010 a 2014, o Pai Presente resultou em 536 mil notificações emitidas por juízes de várias comarcas do país.

O Pai Presente possibilita os reconhecimentos espontâneos tardios, geralmente em mutirões realizados em escolas, sem necessidade de advogado e sem custos para o pai ou mãe. Os tribunais realizam mutirões, em locais como escolas e presídios, para atendimento de mães, pais e crianças que pleiteiam o reconhecimento da paternidade. Nestes locais são feitos, também, de exames de DNA para comprovação de paternidade.

Atualmente, o programa está sob a responsabilidade das Corregedorias Estaduais e com grande capilaridade nos municípios. Ao assumir a coordenação do Pai Presente, alguns Tribunais de Justiça mudaram o nome do programa, para melhor adaptá-lo à realidade local.

Aperfeiçoamento da Justiça Juvenil: elaboração de novas políticas

Instituído por meio da Resolução CNJ n. 231/2016, o Fórum Nacional da Infância e Juventude (Foninj) tem a atribuição de propor medidas de coordenação, elaboração e  execução de políticas públicas no âmbito do Poder Judiciário para aprimoramento da prestação dos serviços do Judiciário na área da infância e juventude.

O Foninj foi instalado no dia 6 de abril pela ministra Cármen Lúcia, no sentido de ampliar o diálogo entre os ramos do Poder Judiciário e canalizar as demandas ao CNJ.

Já o Fórum Nacional da Justiça Juvenil (Fonajuv), criado em 2008, é integrado  por magistrados de todos os Tribunais de Justiça. O objetivo desse fórum é discutir temáticas na área da infância e da juventude e apresentar possibilidades para construção de ferramentas que assegurem a eficácia e eficiência da apuração da prática infracional de adolescentes e aplicação das medidas socioeducativas. Este ano, o CNJ realizou, em abril, o XX Fonajuv em Maceió/AL

Redes Sociais: na defesa dos direitos das crianças 

A infância, questões sociais e jurídicas são assuntos permanentes das redes sociais do CNJ, que estão entre as 10 maiores do mundo em audiência no âmbito da comunicação pública. No mês de outubro, a campanha da dignidade infantil é tema da página no Facebook e dos perfis no Twitter e Instagram do Conselho com abordagem sobre o trabalho infantil, a violência sexual, o bullying, crimes virtuais e o tráfico de crianças.



 Post da campanha sobre dignidade infantil publicado em 2/10/2017 na fan page do CNJ 

No mês de abril, o post publicado pelo CNJ no Facebook em apoio à campanha Criança não Namora, da Secretaria de Assistência Social do Amazonas (SEAS), alcançou mais de 12 milhões de pessoas – 5% da população brasileira – e contribuiu para a promoção do debate sobre a sexualização precoce das crianças.


 Post em apoio à campanha da SEAS teve alcance recorde 

Outras publicações sobre prevenção ao sequestro, direitos da criança ,  do adolescente, exploração de menores já tiveram alcances significativos. Todos os temas ajudaram para a disseminação de informações relevantes sobre a proteção da infância.

Luiza Fariello e Fábia Galvão

Fonte: Agência CNJ de Notícias


XXIII Exame de Ordem: Confira o resultado preliminar da 2ª fase

Os candidatos já podem conferir o resultado preliminar da 2ª fase do XXIII Exame de Ordem Unificado. O prazo para interposição de recurso inicia às 12h do dia 11 de outubro e vai até às 12h do dia 14 de outubro de 2017, conforme previsto no edital de abertura, por meio da página de acompanhamento do certame.

A divulgação do resultado definitivo da 2ª fase está prevista para o dia 24 de outubro de 2017.

Confira o resultado no link abaixo:

Atenção: Somente após a divulgação do resultado final, os aprovados deverão solicitar os certificados pelo email examedeordem@oabpa.org.br, com a seguinte documentação:


- RG
- CPF
- Titulo de eleitor
- Diploma de conclusão de curso ou declaração da Instituição de Ensino Superior
- Histórico

Fonte: OAB PARÁ, Exame de Ordem

OAB-PA comemora 85 anos com homenagens a advogados e advogadas que fizeram história na profissão

Realizada hoje pela manhã no plenário Aldebaro Klautau, a emocionante e marcante solenidade que comemorou as oito décadas e meia de atuação da Ordem no Pará contou com a presença de conselheiros seccionais e membros do Sistema OAB-PA, além de familiares, advogados e advogadas que foram homenageados com a Comenda da Ordem do Mérito Advocatício e o diploma “Labor et Honor”.

Primeira advogada inscrita na seccional paraense, Jemima Telles Nobre Ferro recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Advocatício (In Memoriam), maior honraria concedida pela OAB-PA e reconhecimento por atividades ou contribuições em Defesa da Advocacia, da Justiça, dos Diretos Humanos, do Estado Democrático de Direito e da OAB. Medalha e certificado foram recebidos pelas filhas das homenageadas. Na sequência, dezenas de advogados e advogadas foram agraciados com o diploma “Labor et Honor”. A homenagem reconhece profissionais que completaram setenta anos de idade e trinta anos de efetivo exercício da advocacia.

Em seu pronunciamento, o presidente da OAB-PA, Alberto Campos, ressaltou aos presentes que é preciso valorizar cada vez mais a memória das instituições. “Nada mais justo do que homenagear os responsáveis pela história da nossa Ordem”, emendando que “em um momento tão difícil pelo qual passa o nosso país, nós precisamos nos unir em torno do fortalecimento da nossa instituição”. 

Ao recordar que neste dia 05 de outubro também é comemorado a promulgação da Constituição de 1988, o presidente lamentou que, recentemente, os princípios e garantias individuais inseridos no artigo 5 têm sido “mal tratados ao argumento que se precisa buscar a justiça a todo custo, passando por cima de direitos dos cidadãos”. Nesse contexto, Alberto Campos criticou a criação de institutos que visam “a espetacularização e manchar a honra de pessoas que, por uma razão ou outra, estão envolvidas em algum tipo de perseguição criminal”. 


Para o presidente, "o dia de hoje é o momento de manifestarmos nosso protesto veemente contra esse ‘Estado Policialesco’ em que está sendo transformado o nosso país”, complementando que “os corruptos precisam pagar pelos seus crimes, mas, antes disso, nós temos obrigação de cuidar para que o princípio do devido processo legal, da presunção da inocência, do contraditório, sejam observados em todos os processos penais”.

Aos homenageados, Campos frisou que os mesmos possuem uma responsabilidade muito grande. “Vocês são um exemplo para esta geração, para a minha geração, pois viveram o período em que não havia essa liberdade democrática que nós vivemos desde a promulgação da Constituição, e que estão querendo agora nos retirar”. Para finalizar, o presidente defendeu que necessário “abrir os nossos olhos e denunciar, não só aqui como no exterior, para que não retornemos ao ‘Estado de Coisas’ que vivíamos na época do regime militar”.


Duas vezes conselheiro seccional, duas vezes conselheiro federal, dez anos presidente da Academia Paraense de Letras Jurídicas e atual presidente do Instituto dos Advogados do Pará, Clovis Gama Malcher Filho revelou em, seu discurso, que aceitou a missão de reestruturar o IAP em homenagem à memória do seu avô José Carneiro da Gama Malcher, que no dia 30 de maio de 1925, fundou o instituto e oito anos depois criou a OAB-PA, no local que atualmente abriga o plenário da instituição. “Eu digo sempre que esta foi o melhor que o meu avó fez. E o IAP tinha em seu Estatuto como objetivo principal a criação da OAB. Então, ele cumpriu com a obrigação dele”. 


Homenagem

Filha da homenageada Jemima Telles Nobre Ferro, Júlia Sursis Nobre Ferro agradeceu pela homenagem e salientou que sua mãe sempre representou estímulo em termos da dedicação à profissão. “Este reconhecimento recebido hoje é importante, pois estamos escrevendo um livro que contará a história de vida consagrada ao Direito. É um pouco do retrato dela que estamos tentando desenvolver”, revelou. As demais filhas presentes na solenidade foram Thais Têmis Nobre Ferro e Mari-Lei Nobre Ferro, assim como seus respectivos maridos: Celso José Roque e Carlos Roberto e Silva.


Fonte: OAB PARÁ

Relatório elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA é entregue ao governador do Estado e deverá ser incluso em revisão da ONU

Intitulado “Situação dos Casos de Chacinas e Extermínio de Jovens no Estado do Pará”, o relatório foi repassado ao governador Simão Jatene pelo presidente da Ordem no Pará, Alberto Campos, durante extensa agenda cumprida nesta sexta-feira (06), com a participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, o deputado federal Paulão, de Alagoas, e do advogado José Neto e da advogada Juliana Fonteles, presidente e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA, respectivamente.

Pela segunda vez no Pará a serviço da comissão, o deputado alagoano frisou que a realização da agenda de hoje ocorreu em razão das “situações muito fortes” reproduzidas no material organizado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA. “Foi um relatório substantivo, corajoso”, resumiu. Além de ser enviado a várias instituições nacionais, o parlamentar informou que o documento paraense integrará o “Relatório de Revisão Periódica da Assembleia da ONU”.

“Quando verificamos que a situação que se atravessa atualmente é de fragilização dos direitos humanos cotidianamente, é importante que este documento chegue aos organismos internacionais”, sustentou. “Ele tem um papel aqui no Pará, mas extrapola as fronteiras do Estado. Vamos juntar com as situações vividas no Rio de Janeiro e São Paulo para mostrar que, principalmente neste último ano, as violações contra os direitos humanos ficaram muito agudas”, complementou.


O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Carlos Bordalo, e os deputados estaduais Edmilson Rodrigues e Zé Geraldo também participaram, assim como representantes da Defensoria Pública, Ministério Público e Comissão Pastoral da Terra (CPT). Principal deliberação do encontro, a criação de Fórum composto por membros das entidades visa articular medidas para combater os elevados índices de violência urbana e no campo no Pará. A iniciativa será coordenada pelo Governo do Estado (Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social) e entidades ligadas à causa, dentre elas, a OAB-PA.

A comitiva ainda esteve reunida com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Ricardo Nunes, e o procurador-geral do Estado, Gilberto Martins. A finalidade do Fórum é discutir mensalmente soluções céleres para a problemática, especialmente monitorar as principais demandas relacionadas a conflitos e assassinatos, ações de milícias armadas no campo e na periferia da capital e municípios do interior, bem como uma série de questões vinculadas aos direitos humanos.

Presidente da OAB Pará, Alberto Campos enalteceu o trabalho desenvolvido pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA e seus desdobramentos, destacando a agenda com autoridades do Estado e membros da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e da Comissão de Direitos Humanos do Senado. “Como resultado, eles resolveram vir ao Pará para conversar com os poderes constituídos e abrir um diálogo entre as instituições em torno das sugestões apresentadas nesse relatório”. Presidente do TJPA, o desembargador Ricardo Ferreira Nunes defendeu as instituições precisam unir forças “para adotar políticas de enfrentamento mais efetivas que inibam a violência no campo e na cidade”.

Para o governador Simão Jatene, a união entre as esferas e demais organizações é crucial para a promoção da cultura de paz. “Temos todo o interesse nesse tipo de estratégia. A desigualdade dói, mas as diferenças temperam. É por isso que precisamos nos unir, para que juntos possamos construir mecanismos que não se prendam só em números, que são importantes, mas que garantam essa efetividade. As forças comprometidas com a vida têm que se unir nesse país, sob pena de termos um brutal retrocesso”.

Elaborado neste ano de 2017 após grande audiência pública promovida pela OAB-PA, o relatório que retrata a violência nas periferias das cidades do Pará foi entregue aos presidentes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e da Comissão de Direitos Humanos do Senado e à Procuradora da República, Deborah Duprat no dia 20 de setembro, em Brasília. Dentre as proposições contidas no documento, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA, José Neto, destaca “a valorização das forças policiais e a implementação das orientações da “CPI das Milícias” e de politicas públicas voltadas à educação de direitos humanos”.

A seguir, leia o relatório na íntegra: 
Fotos: Fúvio Maurício e Irene Almeida
Fonte: OAB PARÁ